quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Motoqueiro ou motociclista?


O Bayer, do excelente Old Dog Cycles, voltou a tratar de um daqueles temas para lá de recorrentes no mundo das duas rodas: qual a diferença, se é que há, entre motoqueiros e motociclistas? Publicou como uma postagem um comentário de um leitor.

Pela minha própria formulação da pergunta, já deixo a dica do que penso a respeito. Deixei um comentário na postagem dele e a replico aqui, acrescentada de uma explicação:

Pela descrição do texto, eu não sei se sou motoqueiro ou motociclista. Eu faço e não faço coisas de ambos os grupos. Veja só:
"O termo motoqueiro se presta mais adequado aos que tem sobre duas rodas um estilo de vida e não pilotam por mera diversão ou mesmo por conveniente ocasião. 
Motoqueiro não faz passeios, não vai “ali dar um rolê” ou usa sua moto mais cara para subjugar o semelhante que tem uma máquna mais simples. Motoqueiro é extremamente orgulhoso da máquina que tem, mas não sabe ser esnobe."
Eu tenho este "estilo de vida"? (Os "real bikers" não brigam tanto com a Motor Company pelo "lifestyle"? Lifestyle por estilo de vida...) Não sei. Sei apenas que "moto" ocupa um lugar proeminente em minha vida.

Eu nem sei se "piloto". Eu ando de moto! Não exatamente por "mera" diversão, mas por pura diversão e toda ocasião é conveniente.

Eu faço passeios e viagens. Eu dou um rolê. Não uso minha moto para subjugar ninguém. (Como se subjuga alguém com uma moto? Assumo que ele quis dizer "humilhar".) 

Não sou "extremamente orgulhoso" por minha moto. Gosto dela. Extremamente. Mas não vejo razão para orgulho. (Assumo, porém, que o "extremamente orgulhoso" se refira a isso.) Nem vejo razão para esnobismo.

Pelo que repito: "Pela descrição do texto, eu não sei se sou motoqueiro ou motociclista. Eu faço e não faço coisas de ambos os grupos."

A verdade é que a distinção, seja nesta descrição dada, seja em qualquer outra, é tão forçada e tão dependente do “universo” de quem dá a descrição que não é senão falsa. Tanto faz o termo, “motoqueiro” ou “motociclista”. Há gente boa e gente ruim usando para si ambos os termos. 

A propósito, os filmes são “Ghost Rider” e “Wild Hogs”. A tradução dos títulos certamente passa bem longe de qualquer treta por conta de oposições entre “motociclistas” e “motoqueiros”, que o tradutor por certo ignora completamente. 

Aliás, para qualquer tradutor que não ande de moto, “motociclista” é um só um termo mais formal e “motoqueiro” um popular. Nada mais. E, para mim, isto está mais que bom!

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